Cristina Marruecos

Cri Marruecos e a gastronomia da viajante

Eu conheci a Cri na casa da Dani (Terracini), numa das minhas primeiras reuniões no Transition, em 2013.

Ela participava da EcoFeira já fazia um tempo e, naquele dia, estávamos conversando sobre a organização e o papel das pessoas do Transition como conselheiros no grupo da EcoFeira.

Entre uma conversa sobre chás, ervas e a Ecofeira, percebi que ela falava com muito amor sobre esse grupo.

Fui até a casa dela mais recentemente para conversarmos um pouco sobre sua vida e participação na EcoFeira. É uma casa gostosa e entramos pela cozinha.

Já se percebe que a culinária e a “feitiçaria” estão muito presentes. Tortas em cima da mesa e da pia sendo preparadas para, posteriormente, serem vendidas tanto na EcoFeira, quanto em outras feitas por aí.

Ela me serviu um café e sentamos para conversar um pouco sobre sua vida.

Cri é paulistana, a mãe é filha de franceses e o pai era espanhol, e as duas culturas estão sempre presentes em sua vida. Não só essas culturas, mas as dos vários lugares que conheceu em suas viagens. Seu pai trabalhava no ramo de turismo, o que facilitou muito que ela viajasse também pelo mundo afora.

Os lugares que conheceu foram peças fundamentais nas escolhas de seus pratos e tortas e, de certa forma, ela traz esses lugares para perto dela e de nós, que apreciamos sua culinária. A inspiração para sua Tarte Tartin (a famosa torta de maçã francesa, preparada de forma invertida), vem de uma viagem que fez para a França, quando era mais nova, em que passou um ano conhecendo os gostos e prazeres culinários dos parisienses, além de aprender francês, claro!

Ela conta que sua memória olfativa é muito marcante e que muitos de seus projetos são inspirados nessa memória.

A Cri também já teve um restaurante em São Paulo, chamado Maria. Ela fala dele com carinho e saudade. Um restaurante que ela administrava e que havia resolvido montar com o apoio da família, depois de visitar uma pousada em Visconde de Mauá. Ela se encantou com a cozinha da pousada, e isto muito a inspirou. Lá também aprendeu alguns pratos e descobriu que gostava realmente dessa área. Conta que o restaurante Maria era muito agradável e de uma arquitetura e decoração muito bonitas. Fala com saudade e amor desse lugar.

Após alguns anos, o restaurante fechou e, em 2001, veio para a Granja, agora casada, à procura de uma vida mais conectada com a natureza. Aqui na Granja, começou a dar aulas de Yoga e continuou por 13 anos.

Alguns alunos a acompanharam todos esses anos em suas aulas. Fez amigos e amigas muito queridos.

Em 2010, sua amiga Sílvia (Rocha) entra em contato e a convida a participar da EcoFeira, um projeto para incentivar o comércio local de produtos orgânicos. Foi criado o GOL (Gostamos de Orgânicos Locais!) e ela entra de cabeça e começa a vender barrinhas de cereais e granola.

Conta que a primeira EcoFeira que aconteceu na Escola da Granja foi realmente incrível. Com muita gente e uma integração mágica de produtores, vendedores e os diversos grupos apoiadores (Prefeitura de Cotia, Site da Granja e Faculdade Mário Schenberg, entre outros). Estavam todos muito felizes e em comunhão.

Por muito tempo, a Cri participou ativamente do grupo que organizava a EcoFeira e, também como ecofeirante, vendendo ghee (uma manteiga clarificada), granola e barrinhas de cereais.

Mais tarde, introduziu também em suas vendas sua Tarte Tatin de inspiração francesa e sua torta de tomate cereja. Duas tortas incríveis que ela vende por encomenda também.

Mais recentemente, tem vendido a Torta do Peregrino, inspirada em sua viagem para Santiago de Compostela, na Espanha.

Assim como em suas viagens, a Cris vem e vai, entra e sai da EcoFeira mas, se tivermos sorte, podemos encontrá-la lá, esboçando seu sorriso gostoso e conversando com alguém, pulando de barraca em barraca. E, melhor ainda, vendendo seus quitutes e tortas deliciosas.

Eu, pessoalmente, ganhei uma torta dela após minha visita, que adorei: a Torta do Peregrino. Sensacional! Recomendo para todos que quiserem sentir aquele gostinho de viagem!

Às vezes, acho até que a torta tem o poder de nos fazer querer fazer a viagem… não seria mal, né?


Cri Marruecos e a gastronomia da viajante

Eu conheci a Cri na casa da Dani (Terracini), numa das minhas primeiras reuniões no Transition, em 2013.

Cristina Marruecos

Ela participava da EcoFeira já fazia um tempo e, naquele dia, estávamos conversando sobre a organização e o papel das pessoas do Transition como conselheiros no grupo da EcoFeira.

Entre uma conversa sobre chás, ervas e a Ecofeira, percebi que ela falava com muito amor sobre esse grupo.

Fui até a casa dela mais recentemente para conversarmos um pouco sobre sua vida e participação na EcoFeira. É uma casa gostosa e entramos pela cozinha.

Já se percebe que a culinária e a “feitiçaria” estão muito presentes. Tortas em cima da mesa e da pia sendo preparadas para, posteriormente, serem vendidas tanto na EcoFeira, quanto em outras feitas por aí.

Ela me serviu um café e sentamos para conversar um pouco sobre sua vida.

Cri é paulistana, a mãe é filha de franceses e o pai era espanhol, e as duas culturas estão sempre presentes em sua vida. Não só essas culturas, mas as dos vários lugares que conheceu em suas viagens. Seu pai trabalhava no ramo de turismo, o que facilitou muito que ela viajasse também pelo mundo afora.

Os lugares que conheceu foram peças fundamentais nas escolhas de seus pratos e tortas e, de certa forma, ela traz esses lugares para perto dela e de nós, que apreciamos sua culinária. A inspiração para sua Tarte Tartin (a famosa torta de maçã francesa, preparada de forma invertida), vem de uma viagem que fez para a França, quando era mais nova, em que passou um ano conhecendo os gostos e prazeres culinários dos parisienses, além de aprender francês, claro!

Ela conta que sua memória olfativa é muito marcante e que muitos de seus projetos são inspirados nessa memória.

A Cri também já teve um restaurante em São Paulo, chamado Maria. Ela fala dele com carinho e saudade. Um restaurante que ela administrava e que havia resolvido montar com o apoio da família, depois de visitar uma pousada em Visconde de Mauá. Ela se encantou com a cozinha da pousada, e isto muito a inspirou. Lá também aprendeu alguns pratos e descobriu que gostava realmente dessa área. Conta que o restaurante Maria era muito agradável e de uma arquitetura e decoração muito bonitas. Fala com saudade e amor desse lugar.

Após alguns anos, o restaurante fechou e, em 2001, veio para a Granja, agora casada, à procura de uma vida mais conectada com a natureza. Aqui na Granja, começou a dar aulas de Yoga e continuou por 13 anos.

Alguns alunos a acompanharam todos esses anos em suas aulas. Fez amigos e amigas muito queridos.

Em 2010, sua amiga Sílvia (Rocha) entra em contato e a convida a participar da EcoFeira, um projeto para incentivar o comércio local de produtos orgânicos. Foi criado o GOL (Gostamos de Orgânicos Locais!) e ela entra de cabeça e começa a vender barrinhas de cereais e granola.

Conta que a primeira EcoFeira que aconteceu na Escola da Granja foi realmente incrível. Com muita gente e uma integração mágica de produtores, vendedores e os diversos grupos apoiadores (Prefeitura de Cotia, Site da Granja e Faculdade Mário Schenberg, entre outros). Estavam todos muito felizes e em comunhão.

Por muito tempo, a Cri participou ativamente do grupo que organizava a EcoFeira e, também como ecofeirante, vendendo ghee (uma manteiga clarificada), granola e barrinhas de cereais.

Mais tarde, introduziu também em suas vendas sua Tarte Tatin de inspiração francesa e sua torta de tomate cereja. Duas tortas incríveis que ela vende por encomenda também.

Mais recentemente, tem vendido a Torta do Peregrino, inspirada em sua viagem para Santiago de Compostela, na Espanha.

Assim como em suas viagens, a Cris vem e vai, entra e sai da EcoFeira mas, se tivermos sorte, podemos encontrá-la lá, esboçando seu sorriso gostoso e conversando com alguém, pulando de barraca em barraca. E, melhor ainda, vendendo seus quitutes e tortas deliciosas.

Eu, pessoalmente, ganhei uma torta dela após minha visita, que adorei: a Torta do Peregrino. Sensacional! Recomendo para todos que quiserem sentir aquele gostinho de viagem!

Às vezes, acho até que a torta tem o poder de nos fazer querer fazer a viagem… não seria mal, né?


Tatiana Mohovic
Últimos posts por Tatiana Mohovic (exibir todos)